Data: 24-04-2014
Criterio: N/A
Avaliador: Raquel
Revisor: Luiz Santos
Analista(s) de Dados: Luiz Santos
Analista(s) SIG: Thiago, Marcelo
Especialista(s): José Fernando Baumgratz
Justificativa
Espécie subarbustiva com até 0,8 m de altura, saxícola e heliófila (Santos et al., 2009). Endêmica do estado da Bahia, restrita a região da Chapada Diamantina, nos municípios de Abaíra, Piatã, Rio de Contas, Cascavel, Érico Cardoso e Palmeiras, onde é encontrada entre 940 m e 1.850 m de altitude (Santos et al., 2009; Romero & Woodgyer, 2014). Ocorre em áreas de Cerrado, em Campos Rupestres e em áreas mais alagadas dessas fitofisionomias, em encostas próximas a brejos, matas, entre rochas em campos graminosos, em locais próximos de pastagens, sobre solo arenoso ou pedregosos e úmido (Santos et al., 2009; CNCFlora, 2013). Apesar da pequena EOO de aproximadamente 2.728,6 km², apresenta plasticidade ambiental em sua distribuição na Chapada Diamantina, e está sujeita a mais de 10 situações de ameaça, considerando suas localidades de ocorrência, incluindo uma ocorrência em área protegida (Parque Nacional da Chapada Diamantina). Entretanto, há relatos de ameaças como aumento da frequência de fogo, mineração e turismo desordenado para a região, e inclusive para a Unidade de Conservação, o que pode ocasionar futuramente declínio contínuo de extensão de ocorrência, área de ocupação, qualidade de habitat ou na densidade de suas subpopulações (Spinola, 2005; MMA/ICMBio, 2007).
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Microlicia giuliettiana A.B.Martins & Almeda;
Família: Melastomataceae
Descrita em Novon 11(1): 3, nom. nov. 2001.
Endêmica do estado da Bahia, municípios de Abaíra (Riacho da Taquara), Piatã (Três Morros) e Rio de Contas (Campo do Queiroz), porção sul da Chapada Diamantina (Santos et al., 2009; Romero & Woodgyer, 2014); encontrada entre 940 m e 1850 m de altitude (G. Almeida-Silva 129; R.M. Harley 24471), e nos municípios de Cascavel, Érico Cardoso e Palmeiras (Baumgratz, com. pess.).
Caracteriza-se por subarbustos eretos, de 20 cm a 80 cm de altura; encontrados em Campos Rupestres, sobre solo arenoso e úmido (Santos et al., 2009) e encostas próximas a brejos, mata, entre rochas em campos graminosos, solo pedregoso e úmido, áreas mais alagadas em Campo Rupestre e locais próximos de pastagens (Baumgratz, com. pess.).
Coletada em flor e fruto principalmente entre os meses de janeiro a abril (Santos et al., 2009).
7.1.1 Increase in fire frequency/intensity
Incidência
regional
Severidade
high
Detalhes
A elevada freqüência do fogo na Chapada Diamantina é preocupante. Anualmente ocorrem focos de incêndios florestais ndo estado da Bahia, mais especificamente na Caatinga, Cerrado, extremo sul e região da Chapada Diamantina. Estes fenômenos são ameaças constantes à biodiversidade, e ocorrem de maneira natural, geralmente devido a relâmpagos, e têm características de localização bem definida (geralmente nos cumes das serras e locais de difícil acesso), e não chegam a 1% das ocorrências, sendo geralmente extintos pela chuva. Porém os incêndios na região da Chapada Diamantina são predominantemente de origem antrópica, com motivações variadas. O uso do fogo está ligado a quase todas as atividades tradicionais da região, econômicas ou não, inclusive no interior da área do Parque Nacional da Chapada Diamantina (MMA/ICMBio, 2007).
3.2 Mining & quarrying
Incidência
regional
Severidade
high
Detalhes
A região da Chapada Diamantina contempla o Parque Nacional da Chapada Diamantina, porém, mesmo possuindo uma Unidade de Conservação de proteção integral, sofre com a ameaça constante do garimpo (Spinola, 2005).
1.3 Tourism & recreation areas
Incidência
regional
Severidade
high
Detalhes
O turismo é uma importante atividade econômica na região da Chapada Diamantina, como importante fonte geradora de emprego e renda para a população local (MMA/ICMBio, 2007).
1.1 Site/area protection
Situação: on going
Observações: Ocorre em Unidade de Conservação: Parque Nacional da Chapada Diamantina (G. Almeida-Silva 182).
- ROMERO, R.; WOODGYER, E. 2014. Microlicia In Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB9782).
- SANTOS, A.K.A.; MARTINS, A.B.; ROMERO, R.; SANTOS, A.P.M.; ALMEDA, F; BERNARDO, K.F.R.; KOSCHNITZKE, C.; GOLDENBERG, R.; REGINATO, M.; LEE, R.C.S.; RODRIGUES, W.A. Melastomataceae. In: GIULIETTI, A.M.; RAPINI, A.; ANDRADE, M.J.G.; QUEIROZ, L.P.; SILVA, J.M.C. Plantas Raras do Brasil. Belo Horizonte: Conservação Internacional; Universidade Estadual de Feira de Santana, 2009. pp. 263-279.
- MMA/ICMBio. Plano de Manejo para o Parque Nacional da Chapada Diamantina – Versão Preliminar. Presente em: <http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/imgs-unidades-coservacao/parna_chapada_diamantina.pdf>., 2007. Acessado em 03 set. 2013.
- CAROLINA DE ANDRADE SPINOLA. Ecoturismo em espaços naturais de proteção integral no Brasil – O caso do Parque Nacional da Chapada Diamantina, Bahia. Barcelona, Espanha: Universidade de Barcelona , 2005.
- CNCFlora. 2013. Base de Dados do Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em: <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/>.
CNCFlora. Microlicia giuliettiana in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Microlicia giuliettiana
>. Acesso em .
Última edição por Lucas Moulton em 28/11/2014 - 18:06:04